quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Guia básico de gerenciamento de rede de computadores

Saiba como resolver entraves reais do dia-a-dia: dead spots, ameaças à segurança e interrupções de streaming de media

35_solucoes_100x120Redes são boas e funcionais quando servemde plano de fundo para o trabalho principal sem causar ruídos. Mas, mais freqüentemente do que o tolerável, elas costumam falhar (ou, no jargão da tecnologia, ‘cair’).

Quando uma impressão é interrompida ou uma conversa no Skype apresenta falhas sempre que algum usuário na rede começa a assistir vídeos no YouTube, é hora então de entender o que faz a sua rede ‘soluçar’ e aplicar algumas estratégias e truques para ajudar o tráfego da rede fluir.

Domine o básico

Os problemas mais comuns em uma de rede são a perda de conexões de internet, impressores e computadores.

Conexões perdidas: normalmente isso pode ser resolvido com um reboot no modem de banda larga, roteador de rede e/ou computador. Se isso acontece com freqüência, pode indicar que que as configurações do roteador e do PC são os prováveis culpados.

Comece estendendo o lease time DHCP do roteador. O lease time é a quantidade de tempo que o roteador se atribui para reservar um endereço de IP para um dispositivo na rede – para um período de pelo menos uma semana. É possível acessar essa configuração através do firmware de navegação em rede do roteador.

Se o afetado for um laptop, verifique a configuração do gerenciador de energia para o adaptador de rede. No Windows XP, vá para a área de Adaptadores de Rede no Gerenciador de Dispositivos, encontre seu adaptador e selecione Propriedades.

Na aba Gerenciamento de Energia, desassinale o indicador que desliga o adaptador quando a economia de energia entra em ação. A bateria pode acabar um pouco rápido, mas ganha-se estabilidade na conexão de rede.

Serviços DNS são outro fator possível que podem contribuir para perda de conexão. Servidores DNS são as máquinas nas quais o seu provedor armazena o banco de dados que usa para traduzir URLs individuais (como www.pcworld.com.br) em seus endereços IP numéricos correspondentes na internet.

Se você receber mensagens informando que a página web não pode ser encontrada ou que o e-mail não pode ser entregue, tente usar os servidores DNS no OpenDNS.com no lugar daqueles do provedor.

Comece acessando as configurações de rede remota (WAN) no firmware de navegação do roteador, depois mude os endereços de IP de DNS para 208.67.222.222 e 208.67.222.220. O OpenDNS é gratuito e bloqueia sites phishing conhecidos.

Impressoras desaparecidas: se a impressora compartilhada USB some e dasaperace como que por vontade própria, certifique-se de que o computador ao qual ela está conectada não está hibernando. Se possível, conecte a impressora a um PC de mesa e deixe-o ligado. Para economizar energia, ative o modo sleep para o monitor, mas não para o PC inteiro.

No Windows XP, verifique também se o ‘Arquivo e Compartilhamento de Impressora para Redes Microsoft’ está instalado para todos adaptadores de rede, de tal forma que alternar entre redes com e sem fio não corte o compartilhamento da impressora. Ainda no XP, vá para o Painel de Controle, Conexões de rede e (para cada adaptador da rede) clique sobre com o botão direito e selecione Propriedades. Se não surgir a janela Compartilhamento de arquivos e impressoras para redes, clique em Instalar para instalar a especificação.

35Soluções-02Melhor ainda, configure um servidor de impressora para não ter que se preocupar em trabalhar pendurada a um PC. Alguns roteadores possuem portas de impressoras USB embutidas e servidores de impressora exclusivos se conectam ao roteador.

Se for usar um dispositivo multifuncional para impressão, procure por um servidor de impressora que também suporte escaneamento.

Imprima pela rede e pela net

Você levou o notebook da empresa para casa, mas descobre agora que não é possível imprimir a partir da rede da sua casa ou sobre uma conexão VPN para uma impressora no seu escritório. O que fazer?

35Soluções-04A melhor alternativa pode ser impressão IP, suportada por muitas das novas impressoras. É preciso um endereço IP de impressora (consiga um com a equipe de TI ou verifique com o fabricante da impressora onde encontrar essa informação).

Depois execute o assistente de Adição de Impressora na janela “Fax e Impressoras” do XP. Vá em Impressora Local e em ‘Selecionar uma Porta de Impressora’, vá em “Criar uma nova porta” e Porta padrão TDP/IP nos menus em cascata.

Entre com o endereço IP da impressora, clique em Próximo e uma rotina de instalação de impressora irá se iniciar, onde será possível obter um driver (tanto o driver padrão do Windows ou o driver do fabricante, se você tiver).

PCs invisíveis: em muitos casos os problemas de compartilhamento de arquivo têm raiz em grupos de trabalho (workgroup) impróprios e erros na nomenclatura de PCs.

Certifique-se de que cada computador possui um nome exclusivo; várias máquinas identificados como ‘Desktop’ ou ‘Dell’ podem causar conflito. Não use espaços nos nomes (a versões antigas do Windows que não suportam isso) e não crie nomes com mais de 15 caracteres.

Verifique se todos os PCs usam o mesmo nome de grupo de trabalho. O nome padrão dos grupos no Windows XP Home é ‘MSHome’, em versões antigas do Windows e no Vista é ‘Workgroup’. Para alterar o nome no XP clique em Iniciar, Painel de Controle, Desempenho e manutenção, Sistema e vá na aba Nome do Computador.

O Vista pode ser a solução: se os problemas persistirem por muito tempo, talvez seja hora de migrar para o Vista. O Centro de Compartilhamento e Rede (Networking and Sharing Center) do novo sistema operacional permite que o usuário saiba quais atributos compartilhados estão ativos e torna suas configurações fáceis.

O Link Layer Topology Discovery do Vista detecta automaticamente dispositivos de rede e permite ver a localização dele num mapa de rede.

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Vá além dos firewalls: o firewall do Vista é inteligente o bastante para permitir compartilhamento dentro de um grupo de trabalho. Mas se o sistema usado for um XP, tente o utilitário Trusted Zone, da Zone Alarm. Ele permite a comunicação de computadores de um mesmo grupo.

Ou ainda adote um programa para evitar complexidade de compartilhamento de impressora e arquivos, como o Network Magic (30 dólares para três PCs, 40 dólares para cinco e 50 dólares para oito).

Assim como o Vista, este aplicativo coloca todas as funções de compartilhamento e de rede num único lugar, o que simplifica o compartilhamento de pastas e impressoras; um modo especial ainda protege pastas compartilhadas quando o laptop está conectado em um hotspot Wi-Fi. Uma versão gratuita do Network Magic oferece reparo de conexão de internet e proteção de rede sem fio, mas só a versão paga suporta compartilhamento de arquivo e impressora.

Melhore a segurança

A única forma de garantir a segurança da sua rede é fazer uma barricada contra o mundo exterior. Mas é preciso adotar as táticas apropriadas para se obter um nível mínimo de proteção.

Erga muros mais altos: o caminho da segurança começa com um firewall de hardware. A maioria dos roteadores possui um, mas os que vêm embutidos nos mais baratos se baseiam somente em NAT (processo usado para realizar a conversão entre endereços IP usados em uma intranet ou outra rede privativa em endereços IP da internet) em vez de usar tecnologia SPI (um procedimento superior projetado para assegurar que seus computadores recebam somente os dados que solicitaram). Certifique-se de mudar a senha padrão do roteador quando configurá-lo e faça alterações nela periodicamente.

Estabeleça uma segunda linha de defesa em cada computador: ative as Atualizações Automáticas, instale um antivírus, antispyware e software firewall pessoal. Também compre um pacote de internet security ou use utilitários individuais como o Webroot Spy Sweeper, o antivírus BitDefender e o programa firewall do ZoneAlarm.

Qualquer que seja a estratégia, não dependa do Windows Firewall do XP para se proteger, porque ele só filtra dados de entrada. O firewall do Zone Alarm e outros são bidirecionais, protegem tanto informações de entrada como de saída. O firewall do Vista também é bidirecional, mas é preciso configurar o filtro saída (para tal digite wf.msc no prompt de comando). O Vista também vem com o antispyware do Windows Defender, mas não com um programa antivírus.

Simplifique tudo usando os mesmos utilitários em todos os PCs (procure por pacotes econômicos). Depois, instale-os sob um perfil de administrador ou, se preferir, trabalhe com controles parentais encontrados em tantos pacotes (e no Vista). Guarde bem guardada a senha e lembre-se: a rede é tão segura quanto seu elo mais fraco.

Proteja a rede sem fio: firewalls e pacotes de segurança são úteis contra sniffers (hackers conhecidos como ‘farejadores’ de informação) que captam tráficos wireless numa dada freqüência. Use o padrão de criptografia mais forte que seu equipamento Wi-Fi suporta: em ordem decrescente de força temos WPA2, WPA e WEP.

Intrusos armados com softwares preparados podem burlar um WEP em minutos; não vale a pena restituí-lo virtualmente exceto como método para evitar que seus vizinhos peguem carona em sua banda larga. Recomendamos investir em novos adaptadores se for necessário para garantir a realização da troca para WPA.Para oferecer segurança máxima, tanto aos seus velhos quanto aos novos adaptadores, escolha um roteador que tenha um modo simultâneo WPA+WPA2.

Independentemente do que dizem por aí, nem usar filtragem MAC (um identificador de hardware) de endereços, nem desligar a transmissão SSID (identificador de serviço – basicamente o nome da sua rede Wi-Fi) são medidas de segurança eficazes. Ambas são fáceis de burlar como um WEP e podem criar problemas de conexão e administração.

A filtragem de endereços MAC requer que o usuário entre com um endereço MAC de dispositivo no firmware do roteador para autorizá-lo a se conectar à sua rede. Mas qualquer um atento pode ludibriar seus endereços MAC autorizados de seu próprio equipamento. De modo parecido, os sniffers podem detectar até SSIDs não transmitidos. Ou seja, desativar a transmissão só dificulta a conexão de usuários legítimos à sua rede.

Viaje em segurança: hotspots abertos são fontes notórias de infecção. Para ter segurança real em redes públicas, use uma rede privada virtual (VPN) para criptografar todo tráfego de internet entre o seu computador e o servidor intermediário. As empresas freqüentemente executam seus próprios servidores VPN para os empregados. Também é possível contratar um serviço de VPN como o WiTopia PersonalVPN (40 dólares por ano) ou JiWire Hotspot Helper (25 dólares por ano).

35Soluções-05Feito isso, nas configurações Wi-Fi, desligue a rede direta (computador-computador) e evite conexões automáticas para redes não preferenciais. No XP é possível alterar ambas as configurações ao clicar no ícone Wi-Fi na área de notificação e selecionar Alterar configurações avançadas.

Na aba de Redes Sem Fio, clique em Avançado e em seguida em Somente redes (infra-estrutura) de ponto de acesso; desassinale também Conectar automaticamente à redes não preferenciais.

No Vista, desative o atributo Vista Network Discovery (que permite que outros computadores lhe vejam numa rede) quando estiver em hotspots. O sistema operacional irá fazer a troca automaticamente se o usuário designar a conexão como ‘Pública’, mas também existe a possibilidade de fazer tudo manualmente no painel de controle ‘Exibir Status e Tarefas de Rede’.

Por medida de segurança, tenha uma segunda rede

Se as crianças da casa abrem muitas portas do roteador para jogos e chats, ou se desejar executar um servidor web doméstico ou rede Wi-Fi pública, pense seriamente em configurar um segundo roteador para isolar as atividades de risco do resto da rede.

Em poucas palavras, plugue um roteador no outro e assine cada um com endereços IP iniciais diferentes (como 192.168.1.1 e 192.168.2.1). Depois conecte seus servidores – ou os PCs em risco – para o roteador que está conectado diretamente ao modem de banda larga, e todos os outros computadores no segundo roteador. O tráfico de internet para dentro e para fora da área não segura não conseguirá alcançar a sub-rede.

Acelere as transferências

Se os downloads em Wi-Fi estão demorando muito e se os backups mais atolam do que facilitam o trabalho, tente essas dicas:

Use cabos sempre que possível: uma rede cabeada (de preferência Ethernet) é naturalmente mais confiável e mais rápida do que as que funcionam via ondas de rádio. Assim, mantenha o servidor conectado ao roteador por porta ethernet e faça o mesmo com a impressoras de rede.

Gigabits: os PCs mais recentes possuem placa Gigabit Ethernet embutida, o que significa que eles podem transferir dados em até 1000 mbps – caso o roteador suporte esta velocidade, é claro. Para backups de rede, o ritmo de transferência extra pode significar a diferença entre uma operação de horas e uma que se completa num período aceitável de tempo. Um roteador Wi-Fi gigabit custa em torno de 150 dólares.

Wi-Fi: para conseguir as altas velocidades prometidas pelo último padrão Wi-Fi, o draft-802.11n, todo aparelho wireless na rede deve ter uma adaptador draft-n (100 dólares, em média, cada). Certifique-se de atualizar o firmware em qualquer dispositivo draft-802.11n regularmente, já que os fabricantes estão agora trazendo os primeiros produtos que obedecem ao segundo draft do padrão, o que deve ajudar na interoperabilidade.

Mude de canal: o maior obstáculo para uma boa recepção Wi-Fi não é mais a distância (já que muitos roteadores MIMO e draft-n oferecem cobertura de longo alcance). O problema é a interferência resultante de redes próximas. E como a banda de 2,4 GHz que opera em aparelhos 802.11b, g e novos n possui somente três canais sem sobreposição, as redes vizinhas provavelmente irão degradar seu ritmo de transmissão. De fato, o último 802.11n draft efetivamente perde 50% de desempenho quando a rede está em presença de outra rede Wi-Fi ativa.

35Soluções-06Para minimizar a interferência, instale e execute um utilitário como o NetStumbler (gratuito) para determinar a força do sinal e canal de cada rede disponível; depois ajuste o roteador do canal mais distante daquele do sinal mais forte próximo – um atributo de seleção automática de canal do roteador faz isso por você.

Além disso, deve-se considerar a aquisição de um reoteador dual-band draft-n, como o Buffalo Nfiniti Dual Band Router (300 dólares), que suporta tráfico draft-n em bandas de 2,4 GHz e de 5 GHz. Isso permite que se mantenham velhos dispositivos 802.11b/g na relativamente tumultuada banda de 2,4 GHz, enquanto se usa a ordenada banda de 5 Ghz (que consiste em 20 canais não sobrepostos) para os aplicativos que precisarem de banda larga, como streaming de vídeo, enquanto os novos produtos 5 GHz começam a chegar.

Prepare-se para mídia

Quando se trata de reprodução de vídeo e chamadas VoIP, somente velocidade não é o bastante.

Powerline: se não for possível instalar uma rede ethernet, tente adotar um aparelho powerline (que permite a internet pela rede elétrica) em vez de um Wi-Fi. Diversas tecnologias powerline suportam velocidades próximas à da ethernet; em nossos testes em streaming de vídeo em alta definição, o HomePlug AV era o menos suscetível à interferências dentre os outros dispositivos elétricos.

Produtos como o PowerLine AV Ethernet Kit (180 dólares) da Linksys carregam os dados pela fiação elétrica da casa - os adaptadores se plugam na tomada. Para configurar a rede, comece conectando um adaptador para uma porta ethernet disponível no roteador.

Depois, acrescente outros dispositivos levando os cabos de suas portas ethernet para outros adaptadores plugados. Não será preciso se preocupar com sobrecarga da rede sem fio com streams de vídeos em alta definição e o desempenho será, de longe, mais confiável que o de outras redes wireless, especialmente em grandes residências.

Upgrade do Wi-Fi: quem ainda deseja usar a rede sem fio para streaming de mídia deve certificar-se de ter um dispositivo draft-802.11n. Ele não é só mais rápido; possui a chamada funcionalidades de QoS (qualidade de serviço) que prioriza streams de mídia, chamadas VoIP, jogos online e outros aplicativos para os quais o tempo é crucial.

Não esqueça de atualizar o firmware para o draft 2.0 do padrão; praticamente todos os grandes fabricantes Wi-Fi planejavam liberar os upgrades para o draft 2.0 até o fim do mês de março de 2007.

Invista num roteador para jogos: para jogos avançados, um roteador especializado ajuda obter o desempenho máximo tanto da internet quanto num jogo multiplayer; isso é especialmente importante para instalações domésticas que utilizam diversas aplicações.

Roteadores de jogos possuem priorização QoS, são direcionados para diminuir a latência da rede e costumam ter processadores mais rápidos, tudo isso diminui o tempo de resposta dos PCs na rede. O Wireless-N Gigabit Gaming Router (200 dólares), da Linksys, suporta Wi-Fi draft-802.11n, ethernet gigabit e direcionamento para jogos.

Faça Backups Melhores

Freqüentemente as pessoas planejam usar um drive de rede para backups normais do disco rígido do PC, mas raramente fazem isso. Talvez o compartilhamento de rede não esteja montado (visível para seu programa de backup) quando a rotina de backup começa a rodar (adicione-o para o Meus Locais de Rede para evitar essa situação). Ou o sistema a ser salvo está desligado ou em modo sleep. Veja como aumentar suas chances de sucesso.

Escolha os drives de rede com cuidado: drives de armazenamento de redes compartilhadas vêm em dois tipos básicos: drives USB externos normais projetados para se ligarem diretamente à porta de armazenamento USB incluída em alguns roteadores ou via adaptador ethernet como o Express EtherNetwork DNS-120 Network Storage Adapter (80 dólares), da D-Link; e drives de armazenamento conectados à rede (NAS) com ethernet embutida.

Se a opção for o drive USB, é possível, normalmente, removê-lo do roteador e conectá-lo a um PC. Drives USB tendem a ser mais fáceis de configurar e pode-se usar um velho hard drive USB como dispositivo de armazenamento.

Por outro lado, os verdadeiros drives de rede possuem seus próprios processadores e sistemas operacionais e só podem ser conectados à sua rede. Eles costumam ter mais atributos e normalmente permitem configuração de contas de perfis privados e áreas públicas para acesso universal. Os modelos que se destacaram em nossos critérios foram o Infrant ReadyNAS NV (900 dólares) e o Maxtor Shared Storage II (cerca de 750 dólares).

Para obter melhor desempenho e segurança, use um drive NAS que possua Gigabit Ethernet (compre um roteador gigabit, se não possuir um) e RAID 1 ou 5. Não arrisque perder 500 GB de dados armazenados num drive NAS sem nenhum backup – a melhor forma de manter uma cópia do drive NAS é fazer um espelho usando um array RAID.

Qualquer que seja o tipo do drive escolhido, certifique-se de que ele é grande o bastante para acomodar um crescimento futuro. Backups costumam dar errado porque o drive de backup está cheio. Recomendamos projetar de 1,5 a 2 vezes a capacidade de armazenamento da sua rede atual para o drive de backup; dobre esse valor se a idéia for copiar o drive de rede.

Backups incrementais: se copiar somente arquivos que foram alterados após o backup mais recente, a carga da rede é reduzida, bem como o tempo necessário para se fazer um backup. O programa Cobian Backup (gratuito) pode realizar backups incrementais com ou sem compressão e pode criptografar os dados para garantir uma melhor segurança em drives compartilhados de rede.

Mantenha o PC acordado: essa dica parece óbvia, mas computadores desligados são a causa mais comum de backups mal sucedidos. Não desligue o computador à noite, apenas o deixe hibernando. E veja se o software de backup pode acordar o computador. Se não puder, use o assistente de Tarefas Agendadas do XP (Programas Acessórios Ferramentas de Sistema) para despertá-lo no momento de realização do backup.

Backups Multi-plataforma

Quem possui muitos PCs com diferentes sistemas operacionais e planeja fazer backup num único drive pode cair em problemas envolvendo nomes de arquivos que funcionam bem num sistema mas são ilegais em outro. Se os nomes forem alterados no momento do backup, ele não será útil.

Assim, em vez de usar dispositivos de armazenamento conectados em USB, que normalmente podem ser formatados só para drives Windows, adquira um drive NAS que ofereça suporte específico para cada plataforma que seja usada; posteriormente é possível designar os compartilhamentos apropriadamente (como Windows e Mac, por exemplo).

Adicione um Mac

Depois de conseguir conectar os seus PCs Windows, é hora de colocar um Mac na família. Como proceder? Ele vai funcionar com a impressora? O compartilhamento de arquivos vai ocorrer normalmente?

Na maioria dos casos, o Mac OS X fornece tudo que for preciso para conectar um Mac a uma rede Windows, e compartilhar arquivos e impressoras. É possível plugar o novo Mac numa rede com fio ou acessar o roteador wireless, assim como aconteceria com um PC. Basta selecionar o SSID de uma lista de redes Wi-Fi disponíveis e depois entrar com a chave de criptografia. Todos os Macs recentes suportam WEP, WPA e WPA2.

35Soluções-07Para compartilhar arquivos e impressoras, o Mac habilmente assume a aparência de um PC. Ele faz isso implementando padrões de compartilhamento Windows SMB/CIFS e usando a nomenclatura de grupo de trabalho do Windows.

O nome padrão do grupo de trabalho para qualquer Mac é Workgroup. Entretanto, pode-se mudar o nome com o utilitário Diretory Access, que também suporta o Windows Active Directory, usado por servidores corporativos.

A seguir, ative o “Windows Sharing” (compartilhamento Windows) no Sharing Preference Pane (painel de preferências de compartilhamento) do Mac e habilite cada uma das contas de usuário que desejar compartilhar. O novo Mac deve aparecer como membro do grupo de trabalho quando for procurar pela rede.

Depois de selecionar e entrar com o nome do usuário e senha, já será possível navegar pelo drive do Mac e copiar ou carregar arquivos facilmente. Isso vale tanto para o XP quanto para o Vista.

Da mesma forma pode-se imprimir a partir de um Mac em impressoras compartilhadas Windows via SMB, apesar do processo de configuração não ser tão óbvio. No Printer Setup Utility (utilitário de configuração de impressora) do Mac, clique em Add. Se a impressora não aparecer na lista de impressoras disponíveis, vá no botão More Printers (mais impressoras), que traz o Printer Browser.

Agora selecione Windows Printing e Network Neighborhood nos menus em cascata. O grupo de trabalho local aparecerá na janela; assim que selecioná-lo, surgirá uma lista das impressoras compartilhadas a serem escolhidas. A partir de então as impressoras Windows vão aparecer na caixa de diálogo de impressora do Mac.

Checklist de segurança

Certifique-se de estar fazendo a coisa certa:

1. Use um roteador, mesmo se você tiver apenas um computador.
2. Mude a senha padrão do roteador para assegurar que intrusos não vão mexer nas suas configurações
3. Use um firewall pessoal bidirecional, como o da ZoneAlarm.
4. Ative o Atualizações Automáticas para manter o Windows seguro.
5. Use tanto antivírus quanto utilitários antispyware, e mantenha tudo atualizado.
6. Configure cuidadosamente o compartilhamento de arquivo para garantir o que for necessário – o que não for, corte fora.
7. Use o esquema de criptografia mais forte que todos os seus equipamentos Wi-Fi suportarem.
8. Desative as redes Wi-Fi diretas e conexões automáticas das redes com as quais não esteja familiarizado.
9. Instale um segundo roteador para isolar PCs em risco na rede.
10. Use VPN durante viagens para evitar pegar um vírus que poderia infectar a rede quando você retornasse.

Encontre ajuda na web

Se os problemas persistirem, sugerimos sites como o Yahoo Resposta ou fóruns de discussões. Mas deixamos aqui algumas sugestões (infelizmente, todas em inglês) que podem vir a calhar.

> Practically Networked: o site para redes de pequenas empresas, com dicas e tutoriais sobre quase tudo, de configuração de arquivo até uso de serviços DNS. Os guias de soluções são inúmeros e há, ainda, um fórum extremamente útil.

> SmallNetBuilder: um pouco mais técnico do que o anterior, com artigos dedicados para tópicos especializados como configuração de LAN e criptografia WEP. Há ainda tutoriais e uma seção de perguntas mais freqüentes (FAQ).

> Wi-Fi Planet: o melhor em termos de tutoriais e testes wireless.

> CERT Home Network Security: um bom guia para segurança de redes domésticas, mantido pelo Computer Emergency Response Team, da Carnegie Mellon, um centro federal dos Estados Unidos de pesquisa e desenvolvimento em segurança. O guia também fornece um ótimo livreto de instruções para iniciantes em tecnologia.

> SecurityNow: ótima fonte quando o assunto é segurança, com podcasts que traduzem a complexidade das questões para os menos técnicos no assunto.

> Shields Up: um site com testes para segurança de internet. Aqui é possível descobrir quais as falhas na sua rede que os hackers podem explorar, assim como dicas para evitá-los.

> Port Forward: uma lista que engloba portas usadas para jogos online, video streaming e outros aplicativos, com guias de configuração para os roteadores mais populares.

> DynDNS: muitos provedores de internet assinam endereços de IP dinamicamente, o que significa que o seu está sempre mudando. Mas se for preciso um endereço IP fixo para seu servidor web, webcam ou stremer de mídia, o serviço Dynamic DNS do DynDNS é a solução – gratuita para os usuários domésticos.

> MacWindows: a melhor fonte para problemas envolvendo plataformas cruzadas, incluindo detalhes de como conectar Macs em servidores Windows e vice-versa.

Clique aqui para obter mais informações sobre hardware e software

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